19 de março de 2009 ⋅ Blog
Filosofia e abertura de espírito
Desidério Murcho
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3 comentários :
Vou dar o pontapé de saída, até porque li este livro com muito agrado há uns anitos.A questão é se poderia ser de modo diferente? Parece de todo impossível fazer filosofia sem ter a mente aberta para colocar em causa as crenças mais aconchegantes. Recentemente reli a tua tradução dos problemas da filosofia e o Russell tem uma frase que eu fiz o favor de não anotar :-) em que diz com uma clareza que lhe é própria que em filosofia devemo-nos habituar a pelo menos considerar as ideias que nos pareçam absurdas. De resto esta é talvez uma das pontas onde filosofia e ciência se tocam, já que em ciência também as ideias mais excêntricas podem ser excelentes hipóteses. Estou certo? :-)
Muito bem! Desidério termina com uma pergunta, solicitando o leitor a participar.
A atitude de perguntar e duvidar é reveladora de espíritos inquietos, prontos para derrubar certas verdades bem estabelecidas. O desafio da pergunta desencadeia a incerteza, o que leva a mais averiguações. Estas, surpreendentemente, muitas vezes evidenciam os erros. Portanto, para além da procura da verdade, também podíamos falar na procura do erro através das perguntas mais apropriadas. Não com o objectivo de vencer o interlocutor, mas no sentido de conseguir com maior eficácia detectar o erro. É a decepção pela ausência de um porto seguro da verdade, mas também a angústia da incerteza e do erro, que faz crescer a paixão pela filosofia.
Não me importo se disserem que fui buscar isto ao célebre parteiro. O conhecimento maduro é sempre fruto de um processo longo e laborioso de cogitações. Ele dedicou-se a desenvolver um método de conhecimento anti-retórico, partindo das situações vividas. Assim, a pergunta instaura entre os interlocutores um pacto de interesse pela verdade, que se move pela polémica.
O novo link do excerto: http://criticanarede.com/sabedoriasem_excerto.html
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