O leitor Matheus Silva enviou-nos uma adaptação de "Causas de Morte de Alguns dos Grandes Filósofos", de Stiv Fleishman:
Tales: Afogamento
Parménides: Não era nada afinal
Ockham: Cortou-se ao fazer a barba
Russell: Cortou-se enquanto alguém que não se barbeia a si mesmo lhe fazia a barba
Descartes: Parou de pensar
Espinosa: Abusou da substância
Leibniz: Monadanucleose
Darwin: Causas naturais
Hume: Causas inaturais
Kant: Causas transcendentais (embora fosse a sua própria ideia)
Paley: Por desígnio
Heidegger: Por Dasein
Meinong: Acidente de alpinismo
Neurath: Acidente ao velejar
G. E. Moore: Às suas próprias mãos
Sheffer: Traço
Sartre: Náusea
Pascal: Ficou abatido depois de perder uma aposta
Wittgenstein: Tentou ver se a morte era uma experiência que se possa viver (alternativa: caiu de uma escada)
Hegel: Colisão com uma coruja ao anoitecer
E a esta selecta lista podemos acrescentar mais estes de nossa lavra:
Anaxágoras: Falta de ar
Heraclito: Efeito do devir
James: Quis acreditar que estava morto
Platão: Ficou sem Ideias
Aristóteles: Lógico, dado que antes estava vivo
Tomás de Aquino: Perdeu-se nas Cinco Vias
Berkeley: Deus esqueceu-se dele
Quine: Perdeu-se na tradução
Kierkegaard: Por temor do tremor
Camus: Caíu-lhe uma pedra em cima
Agostinho: Ficou sem tempo
Sócrates: A discussão chegou-lhe ao fim
Hobbes: Foi uma luta e todos perderam contra todos
Davidson: Triangulou-se
16 de março de 2009 ⋅ Blog
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16 comentários :
:)
Não:
Sócrates foi picado por um moscardo.
Kant foi morto por um assassino que lhe perguntou "sabes onde posso encontrar o Immanuel Kant?", pois o Imperativo Categórico não o deixou mentir.
Diógenes, o Cínico: excesso de masturbação, engasgou-se com um frango mal depenado, melanoma por exposição prolongada ao sol sem umbrela.
Zenão de Eleia: atropelado por uma tartaruga.
Plotino: feito num nove.
Pseudo-Dionísio: condenado por roubo de identidade.
Mestre Eckhardt: morreu nadificado.
Demócrito: morreu atomizado
Stirner: foi desapropriado até à morte
Putnam: engasgou-se com um copo de gágua
Bentham: excesso de prazer.
Ortega y Gasset: atropelado pelas massas revoltadas.
Kuhn: os médicos legistas não se entendem, pois trabalham em paradigmas diferentes.
Popper: não conseguiu superar um teste de falsificabilidade e acabou falsificado.
Derrida: desconstruiu-se.
Deleuze: dobrou-se.
Mill: morreu vítima de insatisfação socrática, mas satisfeito como um porco.
Nozick: ligou-se à máquina de experiências.
Nietzsche: apanhou com uma martelada do super-homem.
S. Boaventura: enganou-se no itinerário e caiu numa treva luminosa.
Feyerabend: qualquer causa serve para explicar a sua morte, se é que morreu mesmo.
Rawls: ficou asfixiado com o véu de ignorância.
Marx: desmaterializou-se dialecticamente.
Austin: coisas a mais.
Bergson: não conseguiu controlar o riso.
Buridano: um burro confundiu-o com um fardo de palha e comeu-o.
Foucault: morreu cheio de saúde (isso das doenças tem muito que se lhe diga)
Husserl: ficou entre parêntesis.
Marcuse: atacado por um homem unidimensional.
Schopenhauer: com um ataque de falta de vontade.
Séneca: anestesiou-se.
Tarski: descitou-se.
A propósito, houve uma onde de mortes entre os estóicos por sobredosagem de Atarax.
O caso de Nietzsche é controverso: há quem diga (o Woody Allen, salvo erro) que pode ter sido uma vingança dos "escravos" por causa da morte de Deus.
Não me matem o Putnam! Ele está vivo e activo!
Goodman: engasgou-se com uma esmerira verdul
Francisco Sanches: ninguém sabe como
Anaximandro: um ataque apeirónico
Buber: coisificado por um tu
Clifford: morto por um armador crédulo
desculpas pelo Putnam. Pensei na piada da gágua, ou na água da terra gémea, e nem parei para ver que o homem está vivo.
Locke: vítima de abstracção aguda
Anselmo: vítima de um argumento oncológico
McTaggart: ficou entalado entre as séries A e as séries B do tempo
Sexto Empírico: crença repentina
Frege: contradição súbita; após reanimação bem sucedida e tentativa de superar o paradoxo, o terceiro reino caiu-lhe em cima.
Camus: suicídio
Séneca: encontrou um meio eficaz de impertubabilidade da alma;
Paul Ricoeur: esqueceu-se de narrar a sua vida;
Hannah Arendt: não se quis submeter à autoridade da velhice;
Ayn Rand: deixou de objectivar a sua individualidade.
David Lewis: depende de que mundo possível estamos falando, pois ele teve uma "pluralidade de mortes".
Quine: foi atropelado pelo matemático ciclista.
Aristóteles: foi triturado pela sua invençao: o liquidificador (motor imóvel).
Heidegger: o seu ser ficou "do ente".
Quine: deixou de ser o valor de uma variável ligada.
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