Em ciência, avaliam-se os resultados e dá-se liberdade nos processos. Em educação, controlam-se os processos e não se avaliam os resultados.Nuno Crato no seu melhor, aqui.
22 de novembro de 2009 ⋅ Blog
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1 comentário :
Acho que Nuno Crato tem razão, mas talvez lhe falte completar as suas ideias com uma análise de mais longo alcance para explicar por que é que temos cada vez mais “Mónicas”. Parece que é verdade que estamos cada vez melhor a esse nível. Ora, isso não pode ser dissociado do ensino que vem de trás. Antes de estes cientistas se revelarem tiveram de passar pela fase de ensino em que aprenderam a despertar para a ciência. Tiveram que comer algumas sementes para mais tarde dar esses frutos, no tempo devido. E isso não tem necessariamente que se correlacionar com a recepção acrítica de carradas de supostas verdades científicas especializadas antes do tempo.
O que correu mal no ensino em Portugal, em meu entender, foi não se ter levado a sério a aposta nas tais disciplinas mais de natureza instrumental – português, matemática e filosofia –, fundamentais para o trabalho posterior das outras disciplinas científicas.
Não seria mau de todo que se transmitisse no secundário um certo “cepticismo moderado” como base necessária para o estudo da ciência; uma certa imparcialidade (ausência de certos preconceitos) que libertasse o juízo por forma a não se deixar influenciar por patranhas e opiniões precipitadas.
Não seria mau de todo partir de princípios claros e auto-evidentes, através do exame cuidadoso das consequências e da finalidade do que se ensina, e da revisão crítica e sistemática dos resultados. Isto poderá eventualmente tornar mais lento o processo de aquisição de quantidade de conhecimentos científicos (o tal saber que o Nuno Crato fala), mas permitiria consolidar no devido tempo, de uma forma mais segura, o tal método de descoberta da verdade que o Desidério tanto tem defendido, e a meu ver muito bem.
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