15 de novembro de 2009 ⋅ Blog
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5 comentários :
O simples facto de questionar permite-nos aprender, mesmo que seja simplesmente com a formulação da própria questão e com a busca pela resposta, mesmo que infrutífera.
Há uma pergunta - por exemplo - para a qual não há mesmo resposta: quando é que a cultura vai ser uma prioridade para o governo?
Essa pergunta tem resposta. Os governos respondem às ansiedades das populações. Quando as populações tiverem a mesma vontade de cultura que têm de novelas, shoppings e futebol, a cultura será uma prioridade do governo.
- Se a razão não for o único instrumento na procura de resposta a perguntas impossíveis;
- Se não se puder defender a razão como única forma de resposta a perguntas impossíveis, por causa da circularidade na sua defesa, isto é, não se poder defender a razão apelando à própria razão;
Então vale sempre a pena fazer perguntas que à partida parecem não ter resposta.
Mas saindo dos pressupostos anteriores, não concordo com os argumentos dos autores por parecerem argumentos tipo “zen”: “Se uma pergunta é irrespondível o irrespondível depende apenas dos pressupostos da pessoa que tenta responder”. Tudo bem, se aceitarmos as respostas zen também como respostas válidas.
A metáfora que eles usam, a passagem para a outra margem, faz-me lembrar a solução ardilosa do português na anedota. Quando ninguém conseguiu num concurso internacional vencer a prova da passagem para a outra margem do rio, eis que à última hora o português tem a solução. Pediu que colocassem uma égua branca do outro lado do rio. E assim, montado no seu cavalo preto, ele conseguiu saltar para o outro lado do rio. A estupefacção dos outros e o contentamento do português durou pouco. O júri, que era internacional, desclassificou-o porque era contra o regulamento o salto à vara.
Conclusão: há sempre respostas contra-intuitivas para todas as perguntas aparentemente impossíveis. Fora de certos contextos há perguntas que são como espantalhos de palha, ou são completamente inócuas, ou são mera manipulação do pensamento.
Links actualizados:
- para o Epílogo: http://criticanarede.com/perguntas.html
- para o Livro: http://criticanarede.com/sabedoriasem.html
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