Os filósofos académicos procuram ser tão racionais quanto possível nos seus textos. Criticam as ideias uns dos outros impiedosamente na procura da verdade. Isto dá lugar a controvérsias em vez de apaziguadoras certezas — e algumas pessoas não gostam disto. O que é também uma pena. As controvérsias são divertidas e esclarecedoras. A Filosofia é uma busca intelectual, com regras rigorosas concebidas para nos ajudar a compreender o que é realmente verdade.
23 de janeiro de 2010 ⋅ Blog
Earl Conee & Theodore Sider
Desidério Murcho
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9 comentários :
A logomaquia, portanto...
Também é uma pena que as controvérsias filosóficas, que são divertidas e estimulantes, sejam muitas vezes apresentadas de uma maneira demasiado técnica e especializada.
Quando dois filósofos não comungam da mesma simbólica e um se encerra numa tradição e o outro se amplia na descrição das disjunções, como conceber uma única verdade a ser contempladas por ambos? Não é a questão da linguagem e de sua ambiguidade constitutiva que pode ou não abrir horizontes de entedimentos?
Ops *contemplada.
Mas pior que tudo é que as prateleiras das secções de filosofia, já para nem falar das de metafísica (onde estão elas?), das livrarias são facilmente inundadas por livros que nem têm uma discussão estimulante, nem uma linguagem clara...e mesmo assim estão lá!
Pedro, nunca devemos esquecer duas máximas fundamentais:
1) O pior que aconteceu ao ensino foi a escola.
2) O pior que aconteceu à filosofia foi também a escola.
Desidério,
Uma afirmação como:
“O pior que aconteceu ao ensino foi a escola.”
não equivale a algo como:
“O pior que me aconteceu foi ter nascido”.
Como não há alternativa (nem para uma, nem para outra), não posso considerar também que a escola é responsável pelo melhor que aconteceu ao ensino?
Té,
Zé
Não, Zé! As pessoas já eram ensinadas muito antes de se ter inventado a escola!
Desidério,
Se praticamente desde sempre existiram escolas, muitas delas intrinsecamente ligadas ao pensamento religioso – que se poderia dizer um ensino com base “na repetição melancólica de superstições doxásticas” – a que momento áureo do ensino se refere?
Se a época áurea do ensino é assim tão remotas (os gregos também tinham escolas) essas duas realidades (antes e após a escola) serão mesmo comparáveis?
Não será um pouco como dizer que as paredes das cavernas eram o computador do homo sapiens?
Reformulo a ultima questão do comentário anterior (pois julgo que não me fiz entender):
Como não se conhece um sistema alternativo à escola, não se poderá considerar que esta, hoje em dia, é responsável tanto pelo pior como pelo melhor que aconteceu ao ensino? Ou o ensino (na escola) só tem coisas más?
Té,
Zé
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