Toda a gente tem talento aos 25 anos. A dificuldade é tê-lo aos 50.
25 de março de 2010 ⋅ Blog
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12 comentários :
É curiosa a citação. Isso me faz lembrar que essa é uma idéia muito aceita entre os matemáticos. Não é a toa que a Medalha Fields, uma espécie de Nobel da matemática e prêmio de máxima distinção entre os matemáticos, não pode ser concedida a quem tenha mais de 40 anos. Por isso Andrew Wiles, que demonstrou o ultimo teorema de Fermat (uma descoberta incrível!) não pode receber o prêmio: ele já tinha 42 anos.
Eu não sei se essa idéia de que ter brilhantismo quando se é mais velho é mito ou tem algum fundo de verdade: um contra-exemplo à essa idéia é o caso de Paul Erdos, que publicou mais de 1400 artigos, todos importantes, e morreu trabalhando, com mais de 80 anos - na filosofia eu lembro de Russell, que também trabalhou muito, sempre em altíssimo nivel durante um longo tempo de vida.
O que posso dizer seguramente é que pura e simplesmente não é verdade que toda pessoa tenha talento aos 25 anos: apenas os talentosos têm talentos aos 25 anos.
Só corrigindo: Eu não sei se essa idéia de que não se pode ter brilhantismo quando se é mais velho é mito ou tem algum fundo de verdade.
Há coisas em que gostava de acreditar. Uma delas seria essa de «toda a gente ter talento aos 25 anos». Mas deixar-me-ia baralhado e infeliz se assim fosse, porque nunca reconheci manifestações disso. É difícil, para não dizer impossível, acreditar. E não gostava de acreditar que é difícil ter talento aos cinquenta. Mas acredito. O talento pode demorar muito a manifestar-se e a ser reconhecido.
Não será porque as coisas que um jovem de 25 anos faz e nos surpreende, num adulto de 50 já não nos surpreende?
té,
Zé
Beethoven compôs a sinfonia nº9 por volta dos 50 anos de idade...
Luís Filipe
A questão é biológica.
Com o passar dos tempos perdemos células nervosas, a saber, nossos neurônios.
Impossível manter as mesmas agudeza e perspicácia intelectuais da juventude quando mais velho.
Só isso!!!!
Não estarão a interpretar a citação demasiado à letra?!
O que eu retiro dela é que aos 25 anos ainda não provámos nada, nem a nós próprios nem aos outros, e é muito fácil manter as expectativas elevadas (tanto as nossas como as dos outros em relação a nós).
Já aos 50 é mais difícil…
Ou seja, aos 25 todos podem dizer que têm talento; aos 50, só os que de facto o têm o podem fazer.
Eduardo
Paul Erdos, Bethoveen e Bertrand Russell são o que? Aberrações biológicas? : )
Jaime
com essa interpretação a citação é mais aceitável.
Eduardo, o que é difícil é manter a petulância de se pensar brilhante enquanto o passar dos anos nos fornece inúmeras provas do contrário.
Outro exemplo interesante é Kant, que só deu mostra de seu brilhantismo depois dos quarenta.
Dito tudo isso, reafirmo o que o Joedson citou, é uma pena não haver um ponto de ironia na lingua portuguesa...
A língua portuguesa tem muitos pontos e muitas pontas de ironia, e as citações referidas reflectem bem isso.
Não estou preocupado. Se a hipótese do Degas for verdadeira, ainda tenho mais 15 anos de talento. O Desidério é que deve ter desesperado! :-)
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