15 de maio de 2010 ⋅ Blog
Democracia de fachada
Desidério Murcho
No artigo "Democracia de Fachada" teço algumas considerações sobre o que levará quem verbalmente se diz democrático a agir de maneira anti-democrática. A ideia central é que a democracia, correctamente entendida e praticada, nos põe perante a nossa própria falibilidade epistémica. E o que pensa o leitor?
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6 comentários :
O que é que significa ter Razão? Todo o indivíduo tem as suas perspectivas particulares do Mundo que o rodeia e actua em conformidade, tem convicções e acha que tem Razão!
Em democracia todos somos ou devemos ser 'políticos' no sentido de cidadão
responsáveis e interventivos. A intervenção implica acção, que pode ou não agradar e de toda a acção resultam reacções que podem ou não ser adversas. É o confronto das Razões que determina o rumo das Sociedades Humanas, das civilizações. Costuma dizer-se que da discussão nasce a Luz. Calar é caminhar para a destruição. É acumular de energias potenciais que um dia se convertem em catástrofe. O objectivo em democracia não é agradar a todos, mas encontrar pontos de equilíbrio, um valor médio em torno do qual se passeia uma sinusóide.
O diálogo em Democracia, deve fazer-se com base numa ética e num método que se costuma designar Tolerância e que se deve aplicar a tudo na sociedade e não apenas a questões de raça, religião ou no tratamento de minorias.
Criticar a Democracia e propor melhoramentos é uma boa prática Democrática. Um trabalho nunca está verdadeiramente concluído. A Democracia Grega e Romana não eram iguais e as praticas eram certamente diferentes das que temos agora.
A Democracia não é um sistema perfeito, mas também não é suposto ser, mas é de longe o melhor que se arranjou até agora.
A razão tem aparentemente pouca força num processo eleitoral. E crer que este é racional é bastante ingénuo. As pessoas são aparentemente muito mais regidas por emoções do que por razões. E se é verdade que as emoções nos podem levar a más decisões, o contrário também é verdade.
Há uma grande diferença entre reconhecer as distorções irracionais dos processos eleitorais e das farsas que são as pseudo-discussões públicas, e 1) aplaudir isso, 2) rejeitar a democracia -- ou, pior, 3) dizer que se aceita a democracia quando na verdade só se aceita a manipulação verbal e emocional que constitui a sua distorção e não a sua efectivação honesta.
E se a democracia não é isso - pelo menos em parte? -, resta saber se existe.
Para saber se a justiça existe é preciso começar por ter uma ideia razoavelmente clara do que é a justiça. Para saber se a democracia existe é preciso começar por ter uma ideia razoavelmente clara da democracia.
O novo link do artigo: http://criticanarede.com/democracia.html
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