31 de maio de 2011 ⋅ Blog
IV Encontro Nacional da UFOP
Desidério Murcho
Estão abertas as inscrições para o IV Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da UFOP, que decorrerá em Outubro.
30 de maio de 2011 ⋅ Blog
A filosofia como um esporte sangrento
Matheus Silva

22 de maio de 2011 ⋅ Blog
Pensar com os ouvidos
Aires Almeida
A linguagem que utilizamos quando comunicamos, exprimimos e discutimos ideias costuma ser um bom indicador do grau de desenvolvimento cultural e científico de uma comunidade. A falta de rigor e de precisão, as confusões conceptuais, a opacidade semântica, a terminologia vazia, pomposa e pseudo-científica são indícios claros de atrofiamento cultural, científico e académico. Infelizmente, no nosso país isso verifica-se mesmo onde não seria de esperar: nas escolas e universidades, na comunicação social, em documentos oficiais, etc.
Vem isto a propósito de uma ficha de avaliação dos professores oriunda do ministério da educação e na qual se pede para avaliar «a planificação do processo de ensino-aprendizagem do professor». Eu bem sei que, a julgar pelo que ouço e vejo escrito quase todos os dias nas escolas, os professores não ensinam; antes participam num processo de ensino-aprendizagem. E, como é isso que se ouve dizer diariamente por pessoas com autoridade na matéria, acabamos quase todos por repetir o mesmo.
Enfim, num lugar em que se espera que as pessoas pensem com a cabeça, uma boa parte acaba por pensar só com os ouvidos. E assim se repete o infeliz jargão pseudo-científico de que os professores preparam o seu processo de ensino-aprendizagem.
Mas, se reflectirmos um pouco mais, verificamos que isso não faz qualquer sentido; facilmente percebemos que ao professor cabe ensinar, preparando bem o que e como ensina, ao passo que ao aluno cabe simplesmente aprender. Claro que há aqui uma relação entre quem ensina e quem aprende - e que um lado não existe sem o outro - mas o professor ocupa apenas um dos lados da relação enquanto o aluno ocupa o outro, pois nem a função do professor é aprender nem a do aluno é ensinar. Assim, o que compete ao professor é preparar bem o que ensina, de modo que seja eficaz no que faz. Dizer que o professor deve preparar o seu processo de ensino-aprendizagem faz tanto sentido como afirmar que um vendedor de automóveis deve preparar o seu processo de venda-compra. E cabe na cabeça de alguém dizer que, quando uma pessoa fala com outra, não está bem a falar mas antes num processo de fala-escuta?
Confundir o que é conceptualmente distinto só para dar um ar de falsa erudição é um triste sinal de que a encenação e a pose ocupam o lugar do pensamento. E insistir em tal jargão só porque é o que se costuma ouvir é o mesmo que pensar com os ouvidos.
21 de maio de 2011 ⋅ Blog
Timothy Williamson
Desidério Murcho
A percepção não esgota o nosso contacto com a realidade; também podemos pensar. Não nos deram qualquer razão para aceitar o preconceito empirista de que o que não pode ser imaginado perceptivamente é por isso mesmo suspeito.
Filosofia para o ensino médio
Desidério Murcho
Acabo de publicar aqui a recensão de Marcelo Fishborn do livro Filosofia para o Ensino Médio, de Maria Luiza Silveira Teles.
19 de maio de 2011 ⋅ Blog
Um clássico de metaética
Matheus Silva

17 de maio de 2011 ⋅ Blog
O melhor de John Searle
Matheus Silva

Mais ética e política
Matheus Silva

15 de maio de 2011 ⋅ Blog
Timothy Williamson
Desidério Murcho
É claro que é objectável postular sem razão que há entidades de um certo tipo. Também é objectável postular sem razão que não há entidades de um certo tipo; é objectável postular seja o que for sem razão.
14 de maio de 2011 ⋅ Blog
A epistemologia e metafísica de Hume
Desidério Murcho
Acabo de publicar aqui a resensão de Sérgio R. N. Miranda do livro Hume's Epistemology and Metaphysics, de Georges Dicker.
Quatro ortografias, ou duas apenas?
Desidério Murcho
A nova ortografia levanta um problema curioso a publicações como a Crítica, cujo arquivo completo está permanentemente disponível: caso a nova ortografia não seja adoptada nesta publicação, permanecerão, como até aqui, as duas ortografias oficiais, de Portugal e do Brasil; caso a nova ortografia seja adoptada, ficaremos com quatro em vez de duas, pois na nova ortografia continua a haver muitas variações entre os dois países (como "econômico" e "económico", ou "aspecto" e "aspeto"). Ficaremos com quatro ortografias porque ficaremos com artigos escritos na nova ortografia portuguesa, e outros escritos na nova ortografia brasileira, que é diferente; e continuaremos com os artigos antigos escritos na velha ortografia portuguesa, e na velha brasileira. A conversão de todos os artigos para a nova ortografia seria uma tarefa inglória e desgastante. Gostaria de saber a opinião dos leitores sobre este caso: será uma boa ideia passarmos a ter quatro ortografias em vez de duas, na Crítica? Ou pensam que é provável que a nova moda ortográfica passe depressa, sobretudo em Portugal, como muitas pessoas pensam?
10 de maio de 2011 ⋅ Blog
Evocação de M. S. Lourenço
Desidério Murcho
Realiza-se de 9 a 21 de Maio, na Biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a exposição Os Livros de M. S. Lourenço. No dia 17 de Maio, às 17:30, na sala 5.2 daquela instituição realiza-se uma evocação de M. S. Lourenço com a participação de Ana Maria Bénard da Costa, Elisabete de Sousa e João Dionísio.
7 de maio de 2011 ⋅ Blog
Música e filosofia
Desidério Murcho
Acabo de publicar aqui o prefácio de Theodore Gracyk e Andrew Kania ao volume The Routledge Companion to Philosophy and Music, traduzido por Vítor Guerreiro.
1 de maio de 2011 ⋅ Blog
As Vantagens do Pessimismo
Aires Almeida
Este é o título do mais recente livro do filósofo britânico, Roger Scruton, acabado de traduzir para português pela editora Quetzal (por estranho que pareça, nem na página da editora se consegue saber quem traduziu o livro).
Neste livro, Scruton argumenta que os problemas por que estamos a passar actualmente na Europa são, em grande parte, o resultado do optimismo irresponsável que há muito nos comanda. Este optimismo é, na opinião de Scruton, irresponsável porque fecha acriticamente os olhos ao facto de os seres humanos não serem perfeitos. Assim, a única maneira de inverter o caminho para o desastre é substituir as utopias e idealismos, de direita e de esquerda, por um pessimismo responsável.
Scruton tem uma vasta obra filosófica, sobretudo nas áreas da estética e filosofia da arte, da filosofia política, da história da filosofia e da filosofia da cultura. Escreveu também romances e é compositor (é autor de duas óperas). É uma das vozes conservadoras mais destacadas na discussão pública inglesa. As suas posições filosóficas são claramente influenciadas por Kant.
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