É já no princípio do próximo mês de Junho, nos dias 5 e 6, que Timothy Williamson, sem dúvida um dos mais marcantes, interessantes e activos filósofos contemoporâneos, estará em Lisboa para as Petrus Hispanus Lectures 2012, da Universidade de Lisboa. As Petrus Hispanus Lectures têm contado com a presença de filósofos de primeiríssima linha, como Hilary Putnam, Daniel Dennett e David Kaplan, entre outros. Não é todos os dias que se tem a oportunidade de ouvir um filósofo da dimensão de Williamson. Williamson virá falar sobre Lógica, Ciência e Metafísica. E a entrada é livre.
8 de maio de 2012 ⋅ Blog
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5 comentários :
Abundam as caricaturas feitas tanto da filosofia continental quanto analítica, e também das diferenças entre elas. Já expliquei em vários textos por que razão são caricaturas. Williamson é um dos filósofos que não cai nessas caricaturas comuns. Leia-se, por exemplo, o seu "Depois da Viragem Linguística?", por mim traduzido, onde ele põe em causa a ideia comum, mas falsa, que é a centralidade da filosofia da linguagem que caracteriza a filosofia analítica, distinguindo-a da continental.
Por lapso, não assinei o comentário anterior. Presumo, naturalmente, ter sido tal facto o motivo da sua remoção.Peço desculpa.
Quanto às singularidades das filosofias analíticas ( são várias, caro Desidério, são várias...) em relação às Continentais (são várias, caro Desidério, são várias...), o texto de Williamson é justamente significativo porque põe em causa um dinstinguo caricatural muitas vezes usado pelos analíticos para se distinguirem dos continentais: o rigor, a clareza e a argumentatividade analítica versus a obscuridade e a discursividade elíptica dos continentais. Mas se não é a diferença temática ( tal como alguns filósofos analíticos, também os filósofos continentais, segundo Williamson, ficaram presos nas teias da linguagem , para usar uma expressão de Nietzsche), o que distingue analíticos e continentais? Williamson parece dizer que o rigor, a clareza lógica e argumentativa também não fazem a diferença. Então o que será? O estilo? A tradição dos ensaística dos pequenos papers sem aparato parentético e citacional? Uma tradição académica e institucional? O reconhecimento de que a filosofia é um conjunto de problemas a resolver e não um conjunto de textos a interpretar? Será tudo isto e mais alguma coisa? É provável mas, felizmente, a resposta não é fácil.
Paulo Ferreira
Algumas correcções
Por lapso, não assinei o comentário anterior. Presumo, naturalmente, ter sido tal facto o motivo da sua remoção.Peço desculpa.
Quanto às singularidades das filosofias analíticas ( são várias, caro Desidério, são várias...) em relação às Continentais (são várias, caro Desidério, são várias...), o texto de Williamson é justamente significativo porque põe em causa um distinguo caricatural muitas vezes usado pelos analíticos para se distinguirem dos continentais: o rigor, a clareza e a argumentatividade analítica versus a obscuridade e a discursividade elíptica dos continentais. Mas se não é a diferença temática ( tal como alguns filósofos analíticos, também os filósofos continentais, segundo Williamson, ficaram presos nas teias da linguagem , para usar uma expressão de Nietzsche), o que distingue analíticos e continentais? Williamson parece dizer que o rigor, a clareza lógica e argumentativa também não fazem a diferença. Então o que será? O estilo? A tradição ensaística dos pequenos papers sem aparato parentético e citacional? Uma tradição académica e institucional? O reconhecimento de que a filosofia é um conjunto de problemas a resolver e não um conjunto de textos a interpretar? Será tudo isto e mais alguma coisa? É provável mas, felizmente, a resposta não é fácil.
Paulo Ferreira
A resposta está aqui: http://criticanarede.com/ed2.html
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