Nas fotos: Michael Sandel, Martha Nussbaum e Cornel West (com Barack Obama)
Não sei com que critérios foi elaborada a lista, mas decidi gastar dois minutos a pesquisar no Google os nomes daquela lista, mais dois ou três que estranhei não ver lá, tendo-me limitado a ver o número total de referências.
Tenho de confessar a minha ignorância em relação a Cornel West, de quem conhecia o nome e pouco mais. Mas, a seguir ao esmagador Peter Singer, o mais referido no Google é precisamente West. Isto se não contarmos com todas as vezes que Umberto Eco é referido, caso contrário, este ficaria em segundo lugar (mesmo assim muitíssimo longe de Singer). Só que a maior parte das referências a Eco são sobre os seus romances e não propriamente sobre as suas ideias filosóficas, pelo que não estão relacionadas com o seu contributo para a discussão pública. Mas pude confirmar que alguns nomes ausentes da lista de Warburton são mais frequentes na net do que outros que lá estão. São, por exemplo, os casos de Anthony Grayling e de Roger Scruton. Sobretudo o primeiro destes.
Uma das muitas coisas (e são tantas!) que os números do Google não mostram, é que alguns filósofos mais jovens têm sido recentemente cada vez mais referidos, o que indica que estão talvez mais presentes na discussão pública actual do que outros que já andam por aí há mais tempo. Parece-me que o caso de Sandel, um filósofo relativamente jovem, tem marcado mais o espaço público da discussão filosófica nos últimos tempos do que o veterano Habermas: o primeiro livro publicado por Habermas data de 1962, ao passo que o primeiro publicado por Sandel data de 1982.
Tendo todos estes aspectos em conta, eu faria uma lista ligeiramente diferente da de Warburton, acrescentado-lhe mais dois nomes. A lista ficaria assim:
1. Peter Singer
2. Michael Sandel
3. Cornel West
4. Amartya Sen
5. Daniel Dennett
6. Anthony Grayling
7. Kwame Appiah
8. Jürgen Habermas
9. Martha Nussbaum
10. Umberto Eco
11. Roger Scruton
12. Ronald Dworkin
Claro que a influência de cada um entre os seus pares é outra coisa. Para terminar, sublinhe-se o facto de Dennett navegar em águas diferentes (nem melhores nem piores) de todos os outros. O que vos parece?