As vantagens profissionais da doutrina pós-estruturalista deveriam ser óbvias. Permite que os professores de literatura adoptem uma postura crítica pré-fabricada que de nenhum modo depende da validade empírica das suas descobertas. Ao ligar a afirmação de uma forma superior de perspicácia, que transcende a razão, com a afirmação de uma autoridade moral superior, o pós-estruturalismo concede aos seus aderentes o tipo de autoridade apropriada a uma classe sacerdotal. Os iniciados nesta ordem doutrinal têm de fazer votos de pobreza intelectual. Renunciam necessariamente ao conhecimento positivo, objectivo. Mas em compensação ocupam automaticamente uma perspectiva crítica que é sempre desde logo superior às descobertas objectivas da ciência e que é sempre desde logo moralmente superior à ordem social em que eles mesmos participam.
30 de abril de 2013 ⋅ Blog
Joseph Carroll
Desidério Murcho
Subscrever:
Enviar comentários
(
Atom
)
Arquivo
-
▼
2013
(98)
-
▼
Abril
(16)
- Joseph Carroll
- O problema da indução
- A lógica que se ensina
- A. C. Grayling no Jardim da Filosofia
- Estudos mostram que...
- O que é a arte?
- Educação, ineficiência e lavagem ao cérebro
- Entrevista a Robert Stalnaker
- A educação que todos queríamos!
- Especialistas em lógica
- Kripke sobre o naturalismo
- Seminário Internacional de Pensamento Crítico na E...
- Aposta Holandesa
- Ensino da filosofia e avaliação
- "Tome-se, por exemplo, a afirmação de Keats: "A be...
- Pesquisa em ensino da filosofia e em filosofia da ...
-
▼
Abril
(16)

Sem comentários :
Enviar um comentário